Sagres
para cá de onde dorme o sol
eu fico todas as tardes
a ver se ele se vai embora
e me deixa confiado
às memórias de outrora
em que levantamos tendas
sopramos canções de guerra
semeámos neste terra
novos sonhos que ainda agora
parecem sonhar de novo
sagres
tu sabes
como se arma um coração
agarramos uma vida
desatamos a paixão
oh sagres
tu sabes
na ponta da solidão
no palco de uma fogueira
entre risos de medronhos
fomos as noites dos lobos
escondidos nas piteiras
e os beijos não foram poucos
a noite nao tinha céu
o dia nao tinha chao
o tempo não tinha cara
e o mar tomavanos conta
dos cinco dedos da mão
sagres
tu sabes
como se arma um coração
agarramos uma vida
desatamos a paixão
oh sagres
tu sabes
na ponta da solidão
para cá de onde dorme o sol
eu fico todas as tardes
a ver se ele se vai embora
e me deixa confiado
às memórias de outrora
em que levantamos tendas
sopramos canções de guerra
semeámos neste terra
novos sonhos que ainda agora
parecem sonhar de novo
sagres
tu sabes
como se arma um coração
agarramos uma vida
desatamos a paixão
oh sagres
tu sabes
na ponta da solidão
no palco de uma fogueira
entre risos de medronhos
fomos as noites dos lobos
escondidos nas piteiras
e os beijos não foram poucos
a noite nao tinha céu
o dia nao tinha chao
o tempo não tinha cara
e o mar tomavanos conta
dos cinco dedos da mão
sagres
tu sabes
como se arma um coração
agarramos uma vida
desatamos a paixão
oh sagres
tu sabes
na ponta da solidão
LUÍS REPRESAS
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